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quarta-feira, 13 de abril de 2011

meu cercado

É uma flor que sai de mim
roxa, aberta, quase sem folhas
que nasce na areia solta
sem adubo, sem acolhida
alimentada pela maresia
que cresce e se esparrama pelos cercados
entre as brechas de ramas teimosas
sem nomes, sem leito,
sem rio para correr
que assim como ela
embelezam o simples feixe de vara
do meu jardim

terça-feira, 12 de abril de 2011

Poema de segunda-feira

Hoje, tenho um poema a fazer
Em meio a tantas demandas
A tantos papéis
A tantas obrigações
A tantos encontros
E, após final de semana intenso
− Teus olhos gris
Que me olharam como à caça
Têm a cor do mistério
Apreciá-los é como olhar o mar
Belo e atrativo a distância,
Incertos ao adentrarmos