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quinta-feira, 31 de março de 2011

Arborescendo

Aprendi a andar por várias estradas
ruas de asfalto, de pedras
barrentas
secas e lameadas
ou molhadas pelo mar
em cada canto um ninho
galhos que me amarram
e ao sopro dos ventos
me lançam a outros caminhos
sigo, jogando sementes
colhendo vontades
marcando terreno
levantando frentes
absorvendo o suco de várias raízes
oferecendo néctares guardados para frondar árvores
Aprendi a seguir e a voltar, sempre
Mas, ainda não aprendi a andar sozinho

segunda-feira, 14 de março de 2011

Quando a lua sorriu

A lua sorriu por essas bandas
Vejam só
A lua, lá adiante, me sorriu!
Sem saber o que chega
Nem o que se vai
os sons, os silêncios
as notas habituais
Nada a importa
Ela ri para mim em festa
E se ela sorri
Porque não posso eu sorrir com ela?
Ah, lua danada que sorri
Faz-me ver as estrelas
E celebrar a existência
sorrindo!

Fátima