o mar sussurra
a brisa nos acaricia
suave
aqui as dunas se movem
no tempo de cada um
fazemos!
aqui estamos juntos
cada qual no seu caminho
até a hora de brindarmos
ou do cafezinho
aqui a música acontece
a poesia salta
e o samba floresce
choram orvalho
nas noites que chegam
em ondas de amor
aqui a lua se instala
segura a mão da canção
enquanto o sol
nos brinda com sal e suor
os nossos sonhos de verão
domingo, 30 de dezembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
Em canto
Encanto de meu canto
em teu canto
Encanto de teu canto
Em meu canto
Canto
E a minha voz alcança-te a face
Do canto de minha casa
Conclamo ao vento
Que leva-me em sussurro
Ao canto de tua casa
Em canto trago-te
Chegas em imagem
Voz e sons latejantes
Escorrendo entre os dedos ágeis
De tua música
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Aquarela quase rimada
(A Franklim Oliveira)
A vida vai com a tela
Desmancha-se em tintas
Em querela
De parte de meu umbral
Se quero o contorno das folhas
espirro tons luminosos
em gotas de terras vermelhas
com o sopro de ventos ardosos
saídos do meu quintal
O beijo quente vem sempre
transpassa a paleta atrapalhando as cores
faz-se branco, ausente
diluindo o fogo com os seus pudores
Pinto a lua e o mar
sobre a minha terra que dança
Com a brisa que do chão levanta
montando formas areia
O verde revela a linha do horizonte
Reflete-se sob o jugo do sol
Entre os marrons,
Sombra e brilho, que a luz saboreia
Quero o perfume seco
das plantas rasteiras
Elas queimam ao sol,
estalam ao contato,
e sem dó quebram-se inteiras
Qual a cor do cheiro?
Vejo-o entre o laranja quente
e o cinza frio
Cor de folhas quando correm
Largadas de suas galhas
Ou presas ao meio fio
A maresia tem cor de mar
O sabor tem cor de alho com feijão
De manga com farinha
Queijo, manjericão, tomate
Rapadura, café amargo e chocolate
ou lentilha com limão
tudo se parte
na arte
no que enquadro
nem sempre
mas as tintas querem fluir
são livres
desejam sair
sumir
fazer um festa
de macarrão.
(A Franklim Oliveira)
A vida vai com a tela
Desmancha-se em tintas
Em querela
De parte de meu umbral
Se quero o contorno das folhas
espirro tons luminosos
em gotas de terras vermelhas
com o sopro de ventos ardosos
saídos do meu quintal
O beijo quente vem sempre
transpassa a paleta atrapalhando as cores
faz-se branco, ausente
diluindo o fogo com os seus pudores
Pinto a lua e o mar
sobre a minha terra que dança
Com a brisa que do chão levanta
montando formas areia
O verde revela a linha do horizonte
Reflete-se sob o jugo do sol
Entre os marrons,
Sombra e brilho, que a luz saboreia
Quero o perfume seco
das plantas rasteiras
Elas queimam ao sol,
estalam ao contato,
e sem dó quebram-se inteiras
Qual a cor do cheiro?
Vejo-o entre o laranja quente
e o cinza frio
Cor de folhas quando correm
Largadas de suas galhas
Ou presas ao meio fio
A maresia tem cor de mar
O sabor tem cor de alho com feijão
De manga com farinha
Queijo, manjericão, tomate
Rapadura, café amargo e chocolate
ou lentilha com limão
tudo se parte
na arte
no que enquadro
nem sempre
mas as tintas querem fluir
são livres
desejam sair
sumir
fazer um festa
de macarrão.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Nada sei
Não sei se te levo comigo
Se te dou carinho
Se te dou comida
Se te dou abrigo
Não se se te faço ir
Se te quero chegar
Se te encontro ainda
Neste mesmo lugar
Não sei porque o mar é azul
Porque tenho fome
Porque sofro de amar
Não sei se a vida é assim
Ou você não resolve
Como deve chegar
Não sei o que não vejo
Não sei o que não cheiro
Não sei o que está morto
Nem vivo no porto
De nada não sei
Fátima (esta já veio como samba)
Não sei se te levo comigo
Se te dou carinho
Se te dou comida
Se te dou abrigo
Não se se te faço ir
Se te quero chegar
Se te encontro ainda
Neste mesmo lugar
Não sei porque o mar é azul
Porque tenho fome
Porque sofro de amar
Não sei se a vida é assim
Ou você não resolve
Como deve chegar
Não sei o que não vejo
Não sei o que não cheiro
Não sei o que está morto
Nem vivo no porto
De nada não sei
Fátima (esta já veio como samba)
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Luz e sombra
Às vezes sou flores
Com pétalas delicadas jogadas ao vento
Que atapetam o chão
Às vezes não!
Peso a mão com tinta grossa
Sobre o papel
Pesa as dores, os amores, a solidão da existência
Pesa o peso dos dedos sobre as teclas
o sexo é um paradoxo
é celebração de vida
de co-existência e ausência
eu retiro a mim, em gozo
tu te reservas na profundidade dos teus sentidos
dos teus dedos que me penetram
somos pedaços que se encaixam
movimento que pulsa freneticamente
cada um em seu tempo
Às vezes sou pulso elétrico
Que sobrevive ao transmitir e receber energia
Grânulos, fragmentos
Ou fluídos como o nosso sangue
Mas, será que existe líquido sem sólidos?
cada existência é única
é ausência, busca incessante do outro
é solidão
Às vezes peso e arranco com dificuldade
Feito caminhão que precisa andar
E carregado, segue na estrada
Às vezes sou pó que se espalha a um sopro
Às vezes sou chão que se dispõe a ser pisado
Às vezes sou silêncio que se retira ou escuta
Às vezes sou nada
E como nada atravesso os dias, as noites,
os pântanos, as águas, o ar
Sou movimento e paralisia
Que passa sem ser visto
As sombras existem para iluminar o objeto em luz.
Com pétalas delicadas jogadas ao vento
Que atapetam o chão
Às vezes não!
Peso a mão com tinta grossa
Sobre o papel
Pesa as dores, os amores, a solidão da existência
Pesa o peso dos dedos sobre as teclas
o sexo é um paradoxo
é celebração de vida
de co-existência e ausência
eu retiro a mim, em gozo
tu te reservas na profundidade dos teus sentidos
dos teus dedos que me penetram
somos pedaços que se encaixam
movimento que pulsa freneticamente
cada um em seu tempo
Às vezes sou pulso elétrico
Que sobrevive ao transmitir e receber energia
Grânulos, fragmentos
Ou fluídos como o nosso sangue
Mas, será que existe líquido sem sólidos?
cada existência é única
é ausência, busca incessante do outro
é solidão
Às vezes peso e arranco com dificuldade
Feito caminhão que precisa andar
E carregado, segue na estrada
Às vezes sou pó que se espalha a um sopro
Às vezes sou chão que se dispõe a ser pisado
Às vezes sou silêncio que se retira ou escuta
Às vezes sou nada
E como nada atravesso os dias, as noites,
os pântanos, as águas, o ar
Sou movimento e paralisia
Que passa sem ser visto
As sombras existem para iluminar o objeto em luz.
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