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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

doce indefinição (texto sobre música de Oswin Lohss)

os ventos que sopram
são apenas fugas de brisa
que me ditam ao coração
eu os conheço bem

os ventos que sopram
rasgam sobre a ferida
que seguram a mão da canção

mas eu não sei viver
feito areia solta
sobre o nosso chão
que me gruda ao corpo
e se espalha

epidemia louca
quase sem razão
que não quer sair

amor demente
de tanto mentir
que sempre aborta
pari a vontade
a vontade de uma vez fugir

os ventos que sopram
são brisas
sopram leves para lembrar
do lugar e de você
mas eu não sei ouvir

os ventos me levam
até que me prenda a canção
assobiando sim ou não

doce indefinição
sim... não... lá...